14 de jun. de 2024
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A s t e r
COMO SÃO NOMEADOS OS ASTROS
Sistema Solar
Planetas, luas e asteroides recebem nomes de personagens mitológicos. A exceção são as luas de Netuno que receberam nomes de personagens da literatura Inglesa, de Shakespeare e de Alexande Pope.
As crateras da Lua receberam nomes de personagens históricos como Galileu, Copérnico ou Santos Dumont.
As crateras de Mercúrio receberam nomes de artistas como a cratera Tom Jobim.
Cometas
Em 1948, a IAU adotou uma serie de regras para padronizar a nomenclatura dos cometas:
Assim que é descoberto, o cometa é nomeado com o ano da descoberta e uma letra minúscula indicando a ordem cronológica dos cometas decobertos dentro daquele ano.
Quando a órbita do cometa é calculada e seu periélio determinado, o cometa é designado definitivamente pelo ano da passagem do periélio seguido de um numeral romano indicando a ordem da passagem.
O cometa recebe o nome de até três descobridores, caso ocorra a descoberta simultânea, ou um nome mais genérico caso seja um cometa muito brilhante visto por um número maior de pessoas.
Uma exceção é o Cometa de Halley. O cientista inglês não descobriu o cometa. Ele percebeu que um mesmo cometa, era visto a cada 76 anos e chegou, inclusive a prever sua passagem seguinte.
O cometa recebe um prefixo relativo ao período de sua órbita. Se o cometa tiver um período menor que duzentos anos, ele recebe uma letra P/ antes do nome do descobridor como, por exemplo, o cometa P/Tempel (1), primeiro cometa descoberto por Tempel e o primeiro do ano de 1873. A designação fica dessa forma:
-
P/ para um cometa períodico
-
C/ para um cometa não períodico
-
X/ para um cometa cuja órbita não pôde ser calculada
-
D/ para um cometa períodico que não existe mais ou que é muito fraco para ser visto.
Estrelas Mais brilhantes
A grande maioria das estrelas QUE possuem nome próprio, tem nomes de origem árabe que foram deturpados pelo tempo e por traduções e pronúncias incorretas. Estes nomes designam partes das constelações a que pertencem, a maior parte animais ou personagens mitológicos, como o pé (rigel) ou a cauda (deneb).
O sistema mais antigo de nomenclatura de estrelas, ainda popular, foi criado em 1603 por Johann Bayer em catálogo Uranometria. Como muitos outros, ele usou as constelações para identificar as estrelas dentro delas.
Ele classificou as estrelas com as letras do alfabeto grego de acordo com o brilho aparente, seguindo a ordem das letras, sendo as mais brilhantes, as primeiras letras. Como o alfabeto grego tem apenas 24 letras, e as constelações um número maior de estrelas, Bayer usou, então, letras latinas minúsculas (“a” a “z”) e então letras maiúsculas ("A" a "Z")
Como as constelações são 'oficialmente' nomeadas em latim, no catálogo de Bayer, a estrela mais brilhante da constelação do cisne, é chamada de Alpha Cygni que também é conhecida como Deneb (pois representa a cauda do animal).
Um outro catálogo muito utilizado foi criado por John Flamsteed (1646-1719) em seu livro Historia Coelestis Britannica (História Britânica Celeste) publicado em 1712. Neste catálogo, as estrelas são numeradas de acordo com sua “Acensão Reta”, (uma coordenada celeste) que é o mesmo que dizer que, dentro de cada constelação, estão na ordem em que passam pelo meridiano (ex. 61 Cygni, 51 Pégasus).
Estrelas menos brilhantes
As estrelas menos brilhante são identificadas a através de siglas das instituições que compilaram estes catálogos e números, como HD (Henry Draper Catalog), Bonner Durchmusterung (BD) ou o SAO (Smithsonian Astrophysical Observatory Catalog), entre vários outros.
Um exemplo: a estrela Betelgeuse, o ombro do gigante Órion, cujas coordenadas no céu são: AR 05:55:10.306, Dec +07:24:25.35 (2000.0)
Alpha Orionis = HR 2061 = BD +7 1055 = HD 39801 = SAO 113271 = PPM 149643
Binárias e sistemas múltiplos
Estrelas duplas ou sistemas múltiplos são, geralmente, nomeadas por uma letra latina maiúscula, seguida da designação da estrela que pode ser um nome comum, dos catálogos de Bayer ou Flamsteed , ou um número de algum catálogo.
Variáveis
Em 1862, Friedrich Wilhelm Argelanderv propões nomear as estrelas variáveis de cada constelação com as letras de "R" a "Z", sendo a primeira estrela descoberta de cada constelação nomeada com "R", a segunda com "S" e assim por diante.
Como provou-se insuficiente, aumentou-se a nomenclatura colocando-se letra duplas e, depois, números, por exemplo "RR", "RS" até "RZ" e então “SS” até “SZ” .
Esse esquema fornece 334 designações pra cada constelação então então, as estrelas são recebem um número precedido por "V" e o nome da constelação, "V 335", "V 336" (e.x. V 1500 Cygni). Alguns casos consistem em colocar-se a(s) letras(s) seguidas do nome da constelação (ex. U Sagittarii ou RR Lyrae).
Estas estrelas variam de brilho de maneiras diferentes, causados por fatores internos ou extrenos às estrelas. Elas são, então, agrupadas de acordo com essas características referentes à primeira estrela deste tipo descoberta, como o grupo das "Mira", "RR Lyrae ", ou "Delta Cephei stars"
Novae and supernovae
Estrelas chamadas de “novas” ou “supernovas” são, de fato, estrelas que acabaram de morrer. A designação “nova” refere-se ao fato de um astro “novo” aparecer no céu onde antes não havia nada visível ou conhecido.
As estrelas tem tipos de "mortes" diferentes dependendo de sua massa . Estrelas com, pelo menos, duas vezes a massa do Sol no final de sua "vida", explodem de forma extremamente violenta. Ela ejeta a maior parte de sua matéria e pode ficar mais brilhante que uma galáxia inteira. Há uma estimativa de uma estrela exploda a 50 anos numa galáxia.
Quando uma estrela explode,na nossa Galáxia, seu brilho pode aumentar muito durante alguns dias e ela passa a ser visível no céu (em raros casos até durante o dia). Então, se uma estrela invisível a olho nu explode, e torna-se visível, vemos um "novo" astro em uma direção, onde antes, aparentemente não havia nada.
Novas são nomeadas com o nome da constelação e o ano de aparecimento (ex. "Nova Cygni 1975") e, depois, recebem uma designação de variável ("V 1500 Cygni") A "Nova Cygni 1975" é também, "V 1500 Cygni".
Supernovas são nomeadas pelo ano de aparecimento e uma letra latina maiúscula (SN 1987A). Se o alfabeto for insuficiente, são usadas duas letras minúsculas (SN 1997bs).
Veja mais sobre novas e supernovas http://astro.if.ufrgs.br/evol/node51.htm
Nebulosas, Galáxias e outros objetos
A designação de objetos astronômicos além do Sistema Solar consiste de, pelo menos, duas partes - um acrônimo guia e uma sequência numérica.
Um acrônimo é um código específicando o catálogo ou coleção de fontes, conforme as seguintes regras, entre outras:
-
deve consistir de, pelo menos, três caracteres (letras e/ou números, evitando-se caracteres especiais)
-
o acrônimo deve ser único
-
o acrônimo não deve ser excessivamente longo
A sequência numérica: normalmnete, uma série de caracteres alfa-numéricos que identificam a fonte dentro do catálogo. Valores comuns para a sequência são:
-
um número sequencial
-
baseado nas coordenadas do obejto. As coordenadas Equatoriais devem sempre ser precedidas por se elas forem baseadas no equinócio de J2000.0
Exoplanetas
Veja a pagina dedicada à "Nomeação de exoplanetas".
https://www.iau.org/public/themes/naming/
Mais
http://nameexoworlds.iau.org/exoworldsvote
http://www.iau.org/news/pressreleases/detail/iau1511/
http://super.abril.com.br/tecnologia/paixao-vulcanica
https://www.iau.org/public/themes/naming_exoplanets/
http://www.iau.org/news/pressreleases/detail/iau1501/
http://nameexoworlds.iau.org/names
https://www.iau.org/public/themes/buying_star_names/
http://nameexoworlds.iau.org/names
Mais informações
Especificações completas relativas às denominações de fontes astronômicas de radiação fora do sistema solar são publicados pelo Grupo de Trabalho das Denominações Astronômicas da IAU. Veja http://cds.u-strasbg.fr/vizier/Dic/iau-spec.htx para mais detalhes.
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