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Eclipses

Os eclipses estão entre os mais fascinantes eventos astronômicos que podem ser vistos sem o auxílo de instrumentos ópticos. Eles ja pararam guerras e já serviram para medir a circunferência da Terra e comprovar a Lei da Relatividade de Einstein. Também ja foram alvo das mais diversas mitologias e explicações. No entanto, é apenas um jogo de sombras entre, pelo menos, três astros e não são exclusividade da Terra.

 

Eclipses podem ocorrer em todos os anos. Sempre de 2 a 7 eclipses por ano. O que não significa que se possa ver todos eles de mesmo local da Terra. 

 

Em 2017 vão ocorrer 4 eclipes, dois do Sol e dois da Lua:

 

10 de Fevereiro  - Lunar penumbral   -  visível na América do Sul
26 de Fevereiro  - Solar Anelar          -  visível na América do Sul
07 de agosto      - Lunar parcial         -  no Brasil, a Lua nascerá no fim do Eclipse
21 de Agosto      - Solar  Total            - visível na América do Norte

 

 

Tipos de sombras

 

As sombras que A Lua e a Terra projetam no espaço possuem duas regiões concêntricas a umbra e a penumbra. A penumbra projetada sobre a Lua, durante um eclipse lunar, é raramente perceptível a olho nu. A umbra é a parte mais escura e central da sombra. 

 

A sombra da Lua estende-se por 400.000 quilômetros. A da Terra chega a 1.380.000 de quilômetros.

 

Eclipses Solares
 

Ocorrem apenas durante as fases de Lua Nova, quando esta se interpõe entre a Terra e o Sol.

 

Os eclipses solares ocorrem em número igual ou maior que os lunares. Eles parecem ser mais raros por que são visível apenas por uma pequena parte da superfície da Terra.

 

A sombra que a Lua projeta na Terra tem apenas algumas centenas de quilômetros. As regiões da Terra que estiverem no caminho da totalidade ficam escuras como a noite por até sete minutos nos eclipses mais longos. Fica tão escuro que as aves recolhem-se aos seus nínhos.

 

O eclipse é visível apenas na região da Terra por onde a sombra passa, e é onde pode-se ver o eclipse total ou anular.
Nas regiões próximas, ao norte ou ao Sul, pode ver apenas um eclipse parcial.  


Por exemplo no caso do eclipse solar de 26/02/2017 a totalidade passa sobre o sul da Argentina. No Sul do Brasil, o Sol fica encoberto apenas entre 60% a 80%, no Sudeste, 50% e no Norte do Brasil, ninguém verá o eclipse.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tipos de eclipese Solares

 

Total
 

Ocorrem quando o Sol é totalmente encoberto pela Lua.

 

Coincidentemente estamos em uma era em que a Lua e o Sol tem o mesmo tamanho ângular, mesmo o Sol sendo 400 vezes maior em diêmetro, ele está 400 vezes mais distante. As distañcias entre Terra e Lua, mudam ao longo de uma lunação. O ponto mais distante é chamado de "apogeo" e o mais próximo, "perigeo"


Da mesma forma, a órbita da Terra também varia sua distância ao Sol. O ponto de menor distância Terra-Sol é chamado de "periélio" e o mais distante, "afélio". 

 

A combinação dessas posições das órbitas pode alterar o tipo de eclipse visível. Se um eclipse ocorre durante o perigeo, durante o afélio ou ambos, será um eclipse anelar. 

 

Eclipse solar anelar

 

Ocorre quando o tamanho aparente da Lua é menor que o Sol ela não o encobre totalmente, deixando um "anel de luz" em torno de sua sombra.


Os eclipse anelares ocorrem quando a Lua está mais distante da Terra. 

 

Eclipse solar parcial

 

Quando não há a ocorrência de totalidade em nenhuma região da Terra.

 

 

Eclipses lunares

 

Ocorrem apenas durante as fases de Lua Cheia. 
Os eclipses lunares ocorrem quando a Lua passa pela sombra que a Terra projeta no espaço.
Como a Terra tem um diaêmtro de cerca de 4 vezes o da Lua, a sombra da Terra tem 3,5 vezes o tamanho da Lua e esta pode ser totalmente encoberta pela sombr da Terra. 


Os eclipses lunares parecem mais frequentes por que são visíveis em toda metade do planeta Terra onde for noite.

A Lua não fica totalmente escurecida pela umbra, pois a atmosfera da Terra desvia a luz do Sol em direção ao centro da sombra. 

 

Por que não ocorrem eclipses todos os meses?


O plano da órbita da Lua tem uma inclinação de 5º em relação ao da Terra, assim, os três astros não ficam alinhados em todas as órbitas lunares.

 

Os dois pontos imaginários em que as órbitas da Terra e da Lua se 'tocam' são chamados de "nodos". 


À medida que o sistema Terra-Lua orbita o Sol ao longo do ano, a inclinação orbital da Lua muda de direção em relação ao Sol. Às vezes, o lado de cima da órbita está de frente para o Sol, e às vezes para baixo. Duas vezes ao ano, por cerca de um mês, o que está diante do Sol é a linha que divide os lados para cima e para baixo.

 

Esta é a linha dos "nodos", a interseção do plano Terra-Lua e a eclíptica ou o plano Terra-Sol. Um eclipse solar só pode ocorrer em uma Lua Nova que caia dentro de uma dessas 'estações de eclipse'. É quando a Lua está perto o suficiente da eclíptica para realmente estar entre a Terra e o Sol.

 

A linha dos nodos é a linha que une esses dois pontos. Como nada está parado (dependendo da referência) a linha dos nodos está lentamente girando para o oeste (no sentido horário), completando uma revolução completa em 18,6 anos, período chamado de Saros.

 

Período de Saros

 

O Saros, um período de aproximadamente 6 585,3 dias (18 anos, 11 dias e 8 horas), é útil para prever as épocas nas quais eclipses praticamente idênticos irão ocorrer. Ou seja, se hoje um eclipse é observado, daqui a 6 585,3 dias, praticamente o mesmo eclipse ocorrerá. Dentro desse meio tempo, normalmente 70 diferentes eclipses são observados - na verdade esse valor total de eclipses pode variar, desde 69 até 84 eclipses - sendo geralmente 41 solares e 29 lunares. Assim, pode-se dizer que há sempre em torno de 70 ciclos de Saros “ativos”, já que, com o passar dos milênios, alguns ciclos deixam de existir - ou seja, um mesmo eclipse, que ocorria a cada 6 585,3 dias, deixa de ocorrer -, para dar lugar a novos ciclos.

 

Tal período deriva de três periodicidades da órbita lunar: o mês sinódico (período médio entre duas ocorrências consecutivas da mesma fase da Lua, vista da Terra), o mês draconiano (período médio entre duas passagens consecutivas da Lua por um mesmo nodo de sua órbita) e o mês anomalístico(período de duas passagens consecutivas da Lua pelo mesmo ponto de sua órbita, em geral o perigeu ou o apogeu, que só não é igual ao mês sideral devido à precessão do seu próprio plano orbital ao redor da Terra).

 

 
História

 

Tales de Mileto (~623 a.C. a ~568 a.C.) parou uma guerra com previsão de um eclipse. Foi o primeiro a explicar o eclipse solar, ao verificar que a Lua é iluminada pelo Sol. Segundo Heródoto, Tales teria previsto um eclipse solar em 585 a.C. que, os astrônomos modernos calculam que tenha ocorrido em 28 de maio.

ATENÇÃO

Muito cuidado ao observar o Sol. Sua luz intensa pode cegar em poucos segundos. Não olhe para o Sol sem filtros específicos para esse fim e jamais deixe uma criança olhar através de um telescópio ou binóculo sem a supervisão de um adulto e sem proteção adequada.

Eclipse Penumbral

Eclipse Penumbral

Eclipse Penumbral fotografado de Campinas em 10-02-2017 por Vitorio Zago.

Sol, Lua e Terra

Sol, Lua e Terra

Ilustração mostrando a projeção da sombra da Lua durante um eclipse solar. Fonte: NASA

Cone de sombra

Cone de sombra

Ilustração mostrando a projeção da sombra da Lua sobre a superfície da Terra durante um eclipse solar. Fonte: NASA

Planos das órbitas

Planos das órbitas

A inclinação entre os planos das órbitas da Terra e da Lua evita a ocorrência de eclipses todos os meses. Fonte: NASA

Faixa de totalidade

Faixa de totalidade

Caminho da sombra da Lua sobre a superfície da Terra mostrando a umbra durante o eclipse solar de Agosto de 2017. Fonte: NASA

Anular Solar

Anular Solar

Eclipse de 26-02-2017. Anular sobre o Sul da América do Sul. Fonte: NASA/ Fred Espenak

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